sexta-feira, 14 de abril de 2017

Top 50: Os melhores lutadores de KOF (3 de 5)


Antes de tudo leia: Parte 1 (#41 a #50), clique aqui. Parte 2 (#31 a #40), clique aqui.

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Depois de mais de uma semana me preparando para esta postagem (...), vamos conhecer quais lutadores estão na minha preferência de KOF nas posições de 21º a 30º lugar. Não haverá tantas surpresas para aqueles que são fãs da série, Mas digo que algumas presenças serão quase controversas. O foco aqui está nos lutadores que faço questão de jogar em qualquer game da série. Let's go (to Seoul)!

#30: Krizalid


Um visual extravagante não é capaz de apagar o brilho de um dos melhores chefes da SNK.
Este é o boss de The King of Fighters '99. É muito complicado para mim aceitar um design tão "moderno" hoje em dia. Mas quando ganhei o game KOF '99 Evolution para Dreamcast, eu esqueci rapidamente desse estilo dele e fiquei viciado na jogabilidade do personagem. Claro, como qualquer chefe, Krizalid dá uma enorme vantagem do jogador sobre outros lutadores comuns, mas não era só isso. O subordinado da Nests foi o anfitrião do torneio mais obscuro de KOF, apareceu dizendo que K', o novo protagonista da série era seu clone e ainda utilizava poderes de vento e fogo de uma forma bem original. Daí descobrimos que o coitado na verdade era clone de K' e seu poder tinha sido copiado de Kyo Kusanagi. A sua existência foi reduzida mais ainda à insignificância quando outro subordinado da Nests chamado Zero (e que também era só um clone de outra pessoa) resolveu "desligar" Krizalid após sua derrota no final de KOF '99. E o coitado ao ver Whip, acreditava que a garota era sua irmã. Ela foi quem revelou a ele que tudo que acreditava era mentira. Pobre "vida"...

Krizalid aprendeu com algum japonês a atacar usando a velocidade da luz.
O chefão ainda faria um retorno em KOF 2001. Na verdade, um clone dele apareceu como striker do sub-chefe Zero, agora em sua versão original. Mas se o Krizalid de '99 já era clone, dá pra considerar o de 2001 como clone? Haveria um original? Ok, é esse tipo de pergunta irrelevante que a saga Nests deixou como legado para nõs fãs de KOF. E é claro que eu não me importo em ter a resposta certa. O melhor de Krizalid foi sua reaparição no dream match KOF 2002 Unlimited Match, onde ganhou um novo tema musical excelente, Cutting Edge, além de um poderosíssimo especial novo, mostrado na foto acima, que acerta o oponente até caído no chão. É dito que Verse, o vilão de KOF XIV, é um corpo que reunia várias almas dentro de seu corpo. Após sua derrota, vários espíritos passam a vagar livremente na Terra. Krizalid é um deles. E está na hora do irlandês (sim!, ele é) voltar ao cenário das lutas para nos devolver o que de melhor tinha: onipotência! E assim ele aproveitaria para se vingar de seus criadores (entenda aqui a própria SNK). Mas com um design mais decente, claro.

#29: Malin


The King of Fighters 2003 (e a saga de Ash no geral) foi uma quebra de paradigma de elenco da série. Antes disso seria impossível pensar no torneio sem as presenças de Leona, Mai, Joe, Chang, Choi, Kensou, Chin e outros que sempre estiveram presente. O time da Coréia se refez quando Choi deu lugar a Jhun e pensamos que não haveria mais nenhum lutador baixinho, com garras e super pulo. Fomos enganados por uma pivete japonesa, loira, dona de ioiôs do mal e com garras afiadas o suficiente para garantir sua presença ao lado de Athena e Hinako (!).

Uma rival à altura de Yuri Sakazaki. Altura, não tamanho.
A novata carrega uma série de armas, é dona de uma alta velocidade e pertence a uma organização misteriosa que atacou o time feminino secretamente em 2003 (King, Mai e Mary). Depois de ter sido classificada como uma lutadora de estilo covarde por Yuri Sakazaki, ela não admitiu o rótulo e voltou em XI com o seu próprio time: o Anti-Kyokugen Team, junto com Kasumi Todoh e Eiji Kisaragi, rivais já conhecidos da família e do estilo dos caratecas Sakazaki. Sua importância na história ainda não foi revelada - ou tenha sido descartada, já que ela não voltou mais ao KOF. A usuária de lâminas e facas parece ter sido criada com um propósito, mas acabou se tornando um alívio cômico para a franquia. Uma pena, pois sua jogabilidade é divertida e eficaz. Presença garantida nos meus times de KOF XI. Seu tema naquele jogo, Triumphantly, mostra um estilo energético e doce, mas perigoso. Aguardo urgentemente o amadurecimento de seu conceito.

#28: Andy Bogard


O irmão de Terry Bogard sempre foi uma das principais presenças tanto em KOF, quanto em Fatal Fury, a franquia na qual fez sua estreia. Ele é uma versão mais séria e mais vingativa de seu irmão, graças ao seu treinamento com os ninjas do tradicional estilo Shiranui. Nesse tempo, conheceu a musa Mai Shiranui, que sempre o perseguiu com intuito de namorá-lo. Andy sempre bancou o tímido quanto a esse assunto e ganhou um polêmico espaço na discussão sobre personagens da série. Finalmente, o relacionamento dos dois foi confirmado em XIV no diálogo entre eles.


Andy é um talentoso artista marcial que criou o seu próprio estilo: Koppouken. Ele mistura o estilo de seu pai adotivo, Jeff Bogard, um pouco do seu primeiro mestre Tung e as técnicas de Hanzo Shiranui, seu último mentor. O loiro fez parte da trama que derrotou Geese Howard, assassino de Jeff, no KOF ocorrido em Southtown e também esteve entre os vitoriosos no torneio presidido por Wolfgang Krauser (FF2). Quanto às suas participações em KOF, Andy deixou de brilhar no elenco por conta do espaço reduzido que o time com Terry e Joe Higashi tiveram que lidar. Suas participações em KOF são parecidas com as de Robert: seu estilo e design sempre são alvos de mudança e mesmo assim, está na preferência dos jogadores. Mas acho que Robert é vencedor nesse quesito. E ambos nunca fizeram parte de outro time. Andy é um cara totalmente leal.

Andy em sua excelente versão de Real Bout Special.
O jovem agora está envolvido na nova saga de KOF em um papel mais próximo dos protagonistas, já que Shun'Ei e Meitenkun são discípulos de Tung. Ambos parecem estar sabendo o que se passa nos bastidores da história e parecem saber a origem de Verse. Talvez Andy ainda tenha espaço no enredo. O que já sabemos de seu futuro é que ele se torna mestre de Hokutomaru, do jogo Garou MOTW, junto com Mai Shiranui. Mesmo que seu estilo ninja não seja nada discreto, conforme pede a estética comum dos ninjas da vida real, Andy é uma das melhores concepções de KOF pois representa as habilidades mortais dos ninjas em sua jogabilidade. Ele é sempre uma das possibilidades de escolha entre os jogadores novatos que desejam se aprofundar em cada episódio da série. Sua versão EX de '98 Ultimate Match é indispensável no jogo. 

Hora da vingança: Chou Reppa Dan!
Meu tema favorito dele é o remix de seu tema de Fatal Fury 2: Pasta. Esse tema foi criado para KOF XIV na versão 2.00 e aparece na batalha entre Andy e seu mestre Tung. 

27: Chang Koehan


Quando vi Chang pela primeira vez em KOF '97 me perguntei: quem teve a ideia de colocar um cara tão esquisito nesse jogo? "E quem escolhe esse cara? Ele é ruim demais." E só percebi depois de anos que os lutadores mais esquisitos são capazes das maiores proezas em jogos de luta.

A interação respeitosa entre Leona e Chang surgiu de um bug. Mas agora é oficial em KOF XIV.
Esse sul-coreano apareceu como fugitivo em KOF '94, jogo de sua estreia, ao lado de Kim Kaphwan e Choi Boenge. Esse trio se manteria por muitos anos e seria uma das marcas registradas de KOF. Para jogar com Chang, deve-se tirar vantagem da sua lentidão e criar vários elementos surpresas durante as suas partidas. Mesmo com esse tamanho, ele é praticante de tae-kwon-do e sua força bruta compensa sua velocidade reduzida. Possui golpes com sua bola de ferro e ainda é capaz de causar grande dano com seus agarrões. E quem jogou KOF '99 sabe que ele torna-se um monstro com o Armor Mode ativado.

O segredo da vitória em duas palavras: Armor Chang
Ele pode ter sido criado para tornar-se um vilão na série, mas suas participações ao lado de Kim, que buscou recuperar esse presidiário e inseri-lo de volta à sociedade, tornaram Chang um personagem cômico ao lado de Choi. Suas reais intenções sempre foram livrar-se do treinamento de seu mestre e voltar ao mundo do crime. E aos poucos ele conseguiu: agora ele anda com Xanadu, um vilão lunático que apareceu em XIV. Agora faz parte do Criminal Team, conceito planejado para sua participação no primeiro KOF. Porém ele realmente tornou-se alguém tranquilo e que parece estar no crime por falta de opção. E isso é bom para manter a variedade do enredo e do elenco. Só sinto falta de melhoria em seus golpes e especiais que são pouco interessantes.

Abandonou o uniforme de tae-kwon-do, foi preso novamente e alisou a barba para XIV.
Acho que o tema que mais combina com ele é Soul Town - ver. Justice, de KOF 2002 UM.

#26: Xanadu


Esse nome se originou da lendária cidade mongol Shangdu e tem como significado "esplendoroso" ou "exuberante". Com o vilão de KOF, temos um novo significação do termo: exótico! Assim que vi esse personagem, percebi que seria um dos meus favoritos. E ele é tão diferenciado em sua jogabilidade quanto em seus elementos conceituais. Tente pensar o que há de incomum nele: uma careca pontuda, algo que parece ser uma tiara de cicatrizes na sua cabeça, barba trançada azul, colar de arames e um manto que realmente traduz seu codinome. Falas quase incompreensíveis, estilo de luta não-identificado e uma personalidade carismática. E ele ainda é um vilão, não se esqueça disso, uma vez que trouxe Chang e Choi de volta ao mundo do crime. É por tudo isso que gosto de Xanadu.


Esse cara deve ser daqueles que se fingem de bobos para estarem no meio da bagunça. Ele é tão filosófico que até confunde os seus oponentes! Ele diz ao Robert: "tigre todo poderoso, sua fúria é um conceito relativo; saiba que ela é sem sentido.". E ainda se mostra interessado pela ressurreição de Mature quando diz: "Ninguém cruza a membrana sem causar grandes mudanças dimensionais." Um mestre da astrofísica e do sobrenatural!


Xanadu possui golpes nunca vistos antes em nenhum jogo de luta. O cara corre girando os pesados braços (dá até pra sentir o peso quando atinge seus oponentes), pula girando os mesmos braços, usa seus berros como onda de choque, dá rasteiras deslizantes usando os joelhos e ainda trata os oponentes como bebês quando agarra-os e sacode como se estivesse colocando-os pra ninar. Tudo isso aos sons de seus mantras esquisitos. Como não gostar de um vilão assim?


Seu tema de KOF XIV é WA, uma música que mostra um certo misticismo e uma certa vilania que combinam com o estilo de Xanadu.

#25:  Duck King


É imperdoável que um personagem tão bem elaborado e aprimorado na série Real Bout Fatal Fury tenha participado de apenas um KOF. Duck King é um dos motivos de The King of Fighters XI ser um dos meus jogos favoritos. Seu design mais recente é espetacular e possui golpes excelentes pois são tão belos quanto eficazes misturando o break dance e a capoeira. Ele entrou no KOF a convite de Kim e Terry para formar um time clássico de FF. Só daí já dá pra perceber o nível do cara. Duck King apareceu apenas em um KOF, mas esteve em quase todos os Fatal Fury existentes, com exceção de FF2, FF3 e Garou MOTW. A sua participação em FF Wild Ambition é bem interessante, no qual aparece como personagem secreto.

Duck King já lutou em 3D no jogo Fatal Fury: Wild Ambition.
Vale mencionar uma curiosidade: ele quase fez time com Yamazaki e Billy no Special '97 Team, uma equipe que foi incluída no KOF daquele ano por meio de uma votação na revista Neo Geo Freak. Ele acabou perdendo a vaga para Blue Mary, algo que não foi ruim. Mas a SNK ainda tem que se redimir trazendo de volta o "Pato Rei". Só não precisa daquele mascotinho chamado P-Chan. Isso é dispensável.

A primeira aparição dele em Fatal Fury realmente foi esquisita. Ainda bem que o melhoraram.
O fato mais legal de sua biografia é não gostar do Rising Tackle, um dos golpes de Terry Bogard. Isso se deve a sua derrota para o lobo solitário no primeiro FF. Seu tema de KOF XI (apenas no Concert Stage do PS2) é Duck Duck Dub que surgiu em FF Special e parece ser o que mais combina com ele, mas ainda temos um tema inesquecível da série Real Bout: Duck Duck Duck. Quem jogou não consegue esquecer dessa música. Excelente!

#24: Vice

Sua aparição nada fantasmagórica em KOF XIII.
Quando eu disse que Clark representava a sensação de segurança para os jogadores de KOF, lembrei que Vice representa algo muito mais que isso. É impossível não gostar de jogar com ela. Ela é possuidora de golpes de agarrão, golpes investida, braço que vira chicote e ótimos anti-aéreos. O único problema de Vice é que os produtores da SNK toda hora reinventam a personagem. Desta forma, toda hora temos que reaprender a jogar com ela. Mas isso sempre é um prazer.

Quando Vice aparecia nos contras de fliperama, era sinal de que havia bons jogadores ali.
Ela surgiu em KOF '95 como secretária de Rugal, mas seus verdadeiros planos foram revelados em '96, quando ela e sua companheira Mature mostraram-se subordinadas de Orochi, pertencendo ao grupo chamado Hakkeshu, sacerdotes do deus-serpente. Mas as duas sofreram com a ira de Iori Yagami, a quem tinham se juntado para tentar manipular e direcioná-lo ao seu deus. No final desse time em KOF '96, ficou claro que ambas tinham sido mortas por Iori. Mas elas voltaram em '98 e 2002 (e até NeoWave) que são episódios da série que não possuem enredo. Daí veio o problema: KOF XIII trouxe de volta as duas no mesmo time de Iori. Pelo que deu a entender no final desse mesmo time, elas eram apenas aparições temporárias, como se estivessem realmente mortas. Finalmente, KOF XIV reuniu os três e sem nenhuma explicação, Iori continuou com as duas em seu encalço... e dessa vez, elas parecem mais vivas do que nunca. Vai entender.

Meninas imortais?
Vice ocupa esse lugar na minha preferência e penso que Mature não é nem metade interessante quanto a ruiva. A moça de cabelos curtos sempre se mostrou mais agressiva, violenta e impiedosa. Ela foi a responsável pelo sequestro de Saisyu Kusanagi em KOF '95. Tem gritos mais expressivos que qualquer mulher da série (exceto Leona em sua versão Orochi) e parece estar a beira de uma crise de revolta do sangue de Orochi. Por isso, Vice é a minha favorita entre as duas. Enquanto Mature é a versão mais sensual desta dupla, Vice é a versão mais briguenta e ganhou seu espaço até no primeiro crossover Capcom vs. SNK.

Ela agarra até no alto!
Entre seus temas musicais, prefiro a Tranquilizer de 2002 UM, que é a única que representa a agressividade da garota. Volte sempre, moça.

#23: Goro Daimon


O maior atleta olímpico do universo de KOF. O japonês com os olhos mais puxados da história. Goro Daimon sempre foi presença garantida em KOF, ausentando-se apenas em '99, 2000 e XI. E logo a SNK Playmore tratou de trazê-lo junto de Kyo Kusanagi e Benimaru Nikaido, seus inseparáveis parceiros do Japan Team. Daimon é um dos favoritos dos jogadores que gostam de personagens de agarrão. Ele possui uma variação muito interessante em seus golpes usando de técnicas tradicionais do judô, pancadas que fazem o chão tremer e agarrões contra oponentes pulando ou até mesmo caídos! Fora o seu temido chute forte em pé que é mais prático que shoryuken. Um arsenal dentro de um único judoca. Por todos esses motivos, Daimon esteve sempre entre os heróis de KOF.

Na real, esse é o grande motivo da escolha de Daimon entre os jogadores.
Goro esteve no enredo principal da série até 97, quando decidiu voltar ao mundo dos esportes e trouxe mais fama ainda ao Japão por meio de seu judô. Nesse tempo, aproveitou para se casar e ter um filho, Kogoro. Parecia que Daimon estava a caminho da aposentadoria, mas ele voltou em 2001 com seus amigos de sempre e Shingo Yabuki. Um dos melhores time da saga Nests.

Kogoro aparece nas intros a partir de 2001.
O judoca ainda retorna em 2003, mas apenas com Benimaru e Shingo. Ausentou-se em XI para cuidar do seu próprio dojô. Mas a preocupação com seus companheiros japoneses fez com que o grande Japan Team ressurgisse para combater o clã do vilão Saiki. E esse mesmo motivo obrigou Daimon a abrir seus olhos (literalmente) em KOF XIV, agora combatendo o vilão Verse. Um verdadeiro herói. Já cheguei a pensar que Daimon não combinava mais com KOF, mas suas duas últimas participações me fizeram repensar sobre esta besteira. Viva o judô tradicional!

O novo Climax Danger Move de Daimon fez o judoca chegar aos seus limites: abrir seus olhos! 
Dentro de todas as músicas do Japan Team, a versão de XIII Esaka Continues me parece mais adequada ao espírito incansável do medalhista olímpico. Vamos ao próximo.

#22: Billy Kane


Personagens leais são realmente interessantes. O problema é que lealdade nem sempre tem a ver com bom caráter. Um bom exemplo disso é Billy Kane, um "servo" mais que leal ao vilão Geese Howard. Poderíamos dizer que o punk inglês é como um filho para o dono de Southtown e ele o trata como se fosse mesmo esse filho leal, disposto a sacrificar sua vida pelos ideais de Howard. Impressionante. Billy defendeu Geese até mesmo quando o vilão se passou por morto. Mas será que Billy é daqueles personagens que se prestam a ser patéticos quando estão apaixonados por algum ideal? Tanto faz, ele é legal do mesmo jeito.


Billy Kane foi o grande detentor do primeiro título de King of Fighters, criado no primeiro Fatal Fury e supervisionado por Geese. O mestre do bojutsu (técnica do bastão) perdeu a luta para Terry e aqui nasceria uma grande rivalidade entre eles. Pra piorar a relação entre o bandido e os mocinhos, Billy possui uma irmã completamente diferente dele: a doce e inocente Lilly. O japonês Joe Higashi, um dos seus rivais, é completamente apaixonado pela garota e utiliza desse fato para irritar mais ainda o irmão dela.

Lilly Kane apareceu como personagem jogável de KOF Maximum Impact 2.
Billy Kane, assim como Duck King, foi um personagem que evoluiu em design e modo de combate com o passar do tempo. Enquanto no primeiro FF ele parecia um cara que tinha acabado de voltar da roça, no segundo FF mostra seu apego ao seu país de nascimento e traja as cores e a bandeira do Reino Unido. Depois disso aparece em Real Bout FF menos caricato e com o estilo mais conhecido pelos jogadores de KOF. Fora que ele aprendeu a manipular o fogo por meio de seu bastão. 

Billy e um dos seus melhores especiais, presente em KOF '98 (versão EX).
E quando foi um dos mais votados pelos japoneses para entrar em KOF '97, com Yamazaki e Blue Mary, teve quase todas as animações de seus golpes refeitas. Ainda apareceu com um excelente design em KOF 2003 e um poderoso time com Yamazaki e o estreante Gato; voltou ao estilo clássico quando apareceu como DLC em KOF XIII; e finalmente voltou de forma canônica fazendo parceria com o misterioso Hein e seu grande mentor Geese Howard. Sim, Billy chegou ao ápice de sua participação em King of Fighters.

Na minha opinião, essa é a melhor customização que Billy recebeu.
Billy Kane é conhecido pelos jogadores novatos e veteranos pelo seu estilo irritante de ataques à distância. De perto, é lembrado pelo maldito "frente + soco fraco" que tem um incrível tempo de recuperação, especialmente em KOF 2002. Ele faz parte do famoso time ABC de 2002: Athena, Billy e Choi - os apelões daquele jogo. Fora esses incômodos, ele é um personagem com golpes únicos e sua presença em KOF XIV foi um grande acerto por parte da SNK. Para aqueles que provaram de todos os episódios de KOF, Billy deve ser jogado devido a sua originalidade e novidades para cada jogo. Indispensável!

O Billy de XIV não é um dos melhores, mas dá para incomodar bastante.
Com certeza, os temas de Billy seguem o estilo do Metal Rock para incomodar seus oponentes, exatamente o propósito de sua jogabilidade. A música London March, original de FF2, é um dos temas mais conhecidos pelos jogadores de KOF. Já que enjoei de tanto ouvir essa música em sua versão original, hoje estou viciado na nova versão de XIV, que foi recentemente inclusa na atualização 2.00 e só aparece quando Billy enfrenta Hein. Aquele som estridente parecido com uma guitarra de buzina na introdução da música ficou maravilhoso. E ajuda a irritar mais ainda quem ouve.

#21: Rock Howard

O grande herói do futuro de Fatal Fury. Este é o filho de Geese Howard, pupilo de Terry Bogard e o protagonista do jogo Garou: Mark of the Wolves. Apenas estes fatos colocam Rock como um personagem de alto prestígio no universo da SNK. Mas o jovem não é apenas um bom protagonista criado para ser o representante da nova geração. Ele possui uma personalidade e estilo de luta que mistura a gentileza e o heroísmo de Terry, mas sem esquecer da brutalidade e da raiva interna herdadas de seu pai, de quem tem tanto ódio.
Rock pode até odiar Geese, mas nem por isso deixar de usar as técnicas criadas por seu pai.
Rock realmente é um personagem de ótima concepção, sem cair nos clichês comuns aos personagens principais de séries japonesas. Aos sete anos ele descobriu que sua mãe, Marie, estava doente e foi pedir ajuda financeira ao seu pai, um milionário empresário de Southtown. O vilão manteve sua fama de impiedoso e decidiu não ajudá-los. A mãe de Rock morreu e um ódio surgiu no coração dele. E mesmo quando se viu diante de Terry, o responsável pela derrota de Geese, não conseguiu sentir ódio por ele. Ao invés disso, Rock admirou o lobo solitário e ambos construíram uma poderosa relação de mestre e pupilo. Rock passou a viver com Terry e agir sob sua influência, inclusive pelo caráter de pessoa bondosa e justa que Bogard possui. E tornou-se um exímio artista marcial.


Mas toda essa boa influência veio por água abaixo em Garou MOTW. No final do torneio, chamado Maximum Mayhem, o seu organizador Kain R. Heinlein revela-se como tio de Rock e diz ter informações de sua mãe, além da garantia de que ela está viva. Ele criou o torneio justamente com a intenção de atraí-lo para a sua companhia. O garoto abandona Terry e foge com seu tio em busca das soluções desse novo mistério. Depois disso, Rock nunca mais foi visto - já que ainda não houve nenhuma continuação do jogo.

Mais uma complicada relação de família...
A primeira vez que vi Rock no crossover Capcom vs. SNK 2, eu não tinha ouvido falar em Garou MOTW, jogo de estreia do jovem. E ao ver seu Reppuken, achei que o garoto era filho de Rugal. Mas logo entendi sua relação no universo da SNK ao reconhecer o projétil Double Reppuken, o contra-golpe Ateminage, o especial Raging Storm e a técnica secreta Deadly Rave, técnicas de seu pai. O cara ainda usa o Rising Tackle de Terry em seu movelist. Com certeza, Rock é um dos favoritos da galera, graças ao seu excelente design, sua personalidade ao mesmo tempo séria mas irônica e manifestações de poder excessivo em suas poses de vitória.
Spread the wings, Rock.
Rock conquistou um grande espaço no coração dos fãs e sempre foi desejado nos games de KOF. Sua aparição no controverso King of Fighters Maximum Impact 2 foi a sua primeira participação no torneio, mas não devemos esquecer que MI2 não é um episódio canônico da série. E o desejo dos fãs foi atendido (ou quase) quando a SNK incluiu o discípulo de Terry em KOF XIV. Mas infelizmente, a participação de Rock ainda não é oficial no torneio... Mas o garoto representa a grande ponta de esperança de novos games da SNK, já que ele ainda não foi incluído na série principal porque a empresa tem planos de aprimorar esse personagem em sua própria série. Ou pelo menos é o que achamos.

Uma das melhores escolhas do upgrade de KOF XIV. Parabéns, SNK!

Seu tema tão aclamado pelos fãs de soundtrack da SNK é a música Spread the Wings, uma música bem enérgica, mas de melodia infantil... Eu realmente detesto essa música. A música Emergence criada especificamente para o KOF XIV me parece uma escolha bem mais madura para este ótimo personagem.
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Por hoje, é só! Fui!!

SÉRIE COMPLETA:

Parte 1 (41º-50º)
Parte 2 (31º-40º) 
Parte 3 (21º-30º)
Parte 4 (11º-20º)
Parte 5 (4º-10º)
FINAL (1º-3)

4 comentários:

Leitura obrigatória:

SGP Especial: A História da EVO (Parte 1 - 1996 a 2001)

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