terça-feira, 10 de outubro de 2017

SGP Especial: A franquia Street Fighter - pt. 4 - Crossovers (Round 1)

Apresento a quarta parte da lista completa de jogos do universo Street Fighter. Hoje o foco está na primeira leva de quase 30 crossovers que esta série protagonizou com outras franquias: você se surpreenderá com alguns deles por serem obscuros demais ou por possuírem um gênero bem distante aos jogos de luta.


Street Fighter contra Rival Schools: o crossover mais aguardado por fãs da Capcom.
Se não leu ainda: 
Parte 1 - SF1, SFII (e seus noves upgrades), Alpha e Alpha 2 (em duas versões);
Parte 2 - SF Alpha 3 (em três atualizações) e os três episódios de SFIII.
Parte 3 - SFIV (em 4 versões), SFV (2 aparições) e todas as sete coletâneas da série.

Recomende este especial aos fãs mais adeptos e colecionadores! Sou LeBobsRick e espero que tenha uma boa leitura. Falaremos hoje de crossovers com personagens da própria empresa e com a editora de quadrinhos Marvel.
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UNIVERSO CAPCOM

01 - SUPER PUZZLE FIGHTER II TURBO
Super Puzzle Fighter II X (Nome japonês)


Lançamento: Arcade - Junho de 1996
Outras plataformas: PlayStation, Saturn, Dreamcast (com o subtítulo "Matching for Service"), Game Boy Advance, Mobile (com o nome "Super Puzzle Fighter II: Network Battle"), BlackBerry e PS3 (Via coleção da PSOne Classics)
Gênero: Puzzle

Uma bela mudança de aspectos gráficos surgiu com este game.
Personagens: Ryu, Chun-Li, Sakura, Ken, Morrigan, Hsien-Ko (Lei-Lei), Donovan e Felicia.
Secretos: Akuma, Dan, Mei-Ling, Anita e Devilotte.

Existe uma primeira versão deste jogo? Não. E por que ele possui o II no título? Porque ele é uma paródia de Super Street Fighter II Turbo. Os combates agora são resolvidos por meio daquele tipo de puzzle que consiste em eliminar peças de cores iguais antes que as peças preencham a tela por completo e você seja eliminado.


Os sprites em SD (Super Deformed) são o grande charme gráfico do jogo e vimos a estética de SF Alpha aplicada aqui com grande estilo. Devilotte de Cyberbots se junta à Morrigan, Felicia, Hsien-Ko, Mei-Ling, Donovan e Anita de Darkstalkers (Vampire no Japão) contra os Street Fighters mais famosos da época.

Assim como SSFII Turbo e SFA3, este game ganhou funções online nos Dreamcast japoneses.

02 - SUPER PUZZLE FIGHTER II TURBO HD REMIX


Lançamento: PlayStation 3 e Xbox 360 - Agosto de 2007 (somente cópias digitais)
Gênero: Puzzle

Te lembrou alguma tela de versus? Sim, Street Fighter Alpha 2.
Nada de especial aqui: são apenas versões em HD do mesmo jogo de 1996 com correção de bugs e pequenas alterações estéticas. O jogo foi uma das primeiras tentativas da Capcom em reerguer o nome Street Fighter na década de 2000 e o primeiro jogo da franquia portado para a sétima geração de consoles.


03 - POCKET FIGHTER
Super Gem Fighter Mini-Mix (Nome ocidental para a versão Arcade)


Lançamento: Arcade - Setembro de 1997 (Japão)
Outras plataformas: PlayStation, Saturn, WonderSwan, PS3 (via PSOne Classics)
Gênero: Luta 2D

Um dos melhores games do ano de 1997.
Lutadores: Ryu, Chun-Li, Sakura, Ken, Zangief, Ibuki, Morrigan, Hsien-Ko, Felicia e Tessa (Tabasa).
Secretos: Akuma e Dan.

Akuma e Dan são "secretos" nesse jogo: basta por ao lado de Ryu e Ken...
A paródia saiu do puzzle e adentrou o mundo das lutas 2D. Com um sistema muito prático de combos e especiais, Pocket Fighter foi uma das melhores reafirmações de uma série de luta. Os cenários são lotados de referências as séries da Capcom e até mesmos golpes dos lutadores são homenagens a outros personagens não jogáveis.

Felicia transforma-se em Mega Man num de seus golpes; olha a Anita e o Balrog ali de fundo!
Trouxe uma boa parte do elenco de Super Puzzle Fighter II com a adição de Zangief, Ibuki (do recém-lançado SFIII) e Tessa, uma das lutadoras de Red Earth (Warzard), um game de luta da Capcom para a novíssima placa CPS-3 (a mesma da série SF3).

O WonderSwan, antigo portátil da Bandai, teve Pocket Fighter como um dos seus primeiros jogos.
Vale lembrar que este game pode ser jogado no PS2 através da coletânea SF Alpha Anthology.


04 - CANNON SPIKE
Gunspike (Nome japonês)


Lançamento: Arcade - Último trimestre de 2000 (Japão)
Outras plataformas: Dreamcast
Gênero: Shooting

O Dreamcast sempre foi o console ideal para conversões dos games de arcade da sua época.
Personagens: Shiba, Simone, Cammy, Charlie (Nash) e Arthur.
Secretos: Mega Man (Rock Man) e B. B. Hood (Bulleta).
Não jogável: Fallen Balrog

Tal como Akuma e Dan de Pocket Fighter, aperte para o lado de Charlie e Simone para acessar os secretos.
Carregando o nome de um dos golpes da mocinha de Street Fighter II, este jogo produzido pela Psikyo propõe uma jogabilidade de tiro multi lateral, ou seja, explora a capacidade de atirar em inimigos que veem de todos os lados, aliado a possibilidade de bater nos seus oponentes por meio de ataque de contato. O enredo é semi-futurista e coloca Cammy e Charlie de SF junto a novos protagonistas a fim de impedir uma guerra nuclear no ano de 20XX.

A musa de Cannon Spike é responsável pelo nome do game.
Arthur da série Ghouls N' Ghosts (clássico dos anos 80 e 90), B.B. Hood (de Darkstalkers), Mega Man (da série homônima) unem-se aos novatos Shiba e Simone para compor o elenco do jogo. Vimos aqui uma versão "caída" de Vega (Balrog no Japão - e aqui temos o nome inverso não traduzido) no melhor estilo roqueiro gótico.

Duvido que o espanhol de SFII torne-se esta figura sombria e assustadora. Não, pera...

05 - CAPCOM FIGHTING ALL-STARS: Code Holder



Lançamento: Arcade e PlayStation 2 - Anunciado e Cancelado em 2003
Gênero: Luta 3D



Lutadores: Ryu, Chun-Li, Akuma, Alex, Charlie, Mike Haggar, Poison, Batsu, Akira, Strider Hiryu, Demitri, Ingrid, D.D., Rook e Death (chefe).

Preto e vermelho são as cores predominantes de CFAS. Faltaram dois lutadores ali...
Usando um motor gráfico semelhante ao de SFEX3 (lançado para PS2 em 2000), este jogo de luta 3D pretendia colocar lutadores de diferentes franquias da Capcom nas mãos do jogador em um inusitado e complexo sistema que misturava barras de vida e de poder em três níveis durante os combates.

O novato D.D. pegou emprestado o golpe de algum lutador da série Tekken... quem mesmo?
Personagens de Street Fighter, Final Fight, Darkstalkers, Strider, Rival Schools e inéditos para Capcom F.A.S. estariam disponíveis para o jogador. O jogo foi cancelado após uma série de críticas negativas e baixa repercussão depois do trailer de anúncio. Vale lembrar que alguns conceitos foram reaproveitados em jogos futuros, inclusive personagens e seus golpes.

Haggar voltaria em 2010, enquanto Ingrid aparece logo em 2004 nos crossovers da Capcom.
No ano passado, tivemos uma série de materiais de divulgação exibidos para o público por meio do site CFN Street Fighter V que ficaram na gaveta por mais de 10 anos, inclusive a artwork daquele que seria o boss do game, o elegante Death (antes só uma silhueta).

Achei que era um personagem de Castlevania, da Konami.

06 - CAPCOM FIGHTING EVOLUTION
Capcom Fighting Jam (Nome Japonês)



Lançamento: Arcade - 3º trimestre de 2004 (Japão)
Outras plataformas: PlayStation 2, Xbox, PS3 (via PS2 Classics)
Gênero: Luta 2D

A arte conceitual de Shinkiro fica espetacular até em jogos mal sucedidos.
Lutadores: Ryu, Guile, Zangief, Bison, Alex, Chun-Li, Yun, Urien, Guy, Karin, Sakura, Rose, Felicia, Demitri, Jedah, Anakaris, Hydron, Hauzer, Kenji, Leo e Ingrid.
Chefes: Pyron e Shin Akuma.

Funcional, mas feio: este é o player select de CFE.
Trazendo lutadores de diferentes cinco séries da Capcom, o crossover permite que cada grupo de lutadores possua sua própria jogabilidade de acordo com o jogo de origem: Street Fighter II, SFIII, SF Alpha, Darkstalkers e Red Earth. As lutas acontecem entre duplas no estilo Endurance. Você pode trocar o lutador entre rounds ou permanecer com o mesmo.

A novata Ingrid foi uma das novidades do jogo. Ela voltou ainda na versão PSP de SFA3.
Yoshinori Ono, atual produtor da série, disse que haveria lutadores representando o SF original: Eagle (já mostrado em CvS2), Retsu e até mesmo Sagat (com um redesign para sua forma mais jovem) dariam as caras, mas o curto prazo impediu essas ações dos produtores. Ao menos temos quase uma centena de personagens da empresa presente nos finais do modo Arcade e nos cenários do jogo.

Birdie, Sean, Ken, Charlie, Cody e até um grafite do boxeador Balrog aparecem num único cenário!
O alto reaproveitamento de sprites, a ausência de favoritos dos fãs, o péssimo legado de Capcom Fighting All-Stars (com conceitos reaproveitados aqui) e a baixa qualidade das animações 2D garantiu a baixa repercussão do jogo.

Shin Akuma veio completamente importado de Capcom vs. SNK 2. Complicado...

07 - STREET FIGHTER X MEGA MAN


Lançamento: PC - Dezembro de 2012 (somente digital)
Gênero: Ação
-

Personagem jogável: Mega Man.
Chefes iniciais: Ryu, Chun-Li, Blanka, Dhalsim, Rose, Rolento, Urien, Crimson Viper.
Chefes finais: Balrog, Vega, Sagat (disponível na ver. 2.0), Bison e Akuma (secreto).

O coitado do Mega Man está perdidinho no universo de SF!
Inicialmente produzido por Seow Zong Hui, um fã das séries, o projeto foi apresentado à Capcom USA e assumido como um jogo oficial da empresa que ofereceu o suporte necessário e os direitos de uso, logo então disponibilizando o jogo de forma gratuita até hoje para os que desejam adentrar o universo do robozinho sem sair do quintal de Ryu e Bison.

Gráficos no melhor estilo 8-bits são o toque nostálgico ideal para comemorar 25 anos de SF.
As comemorações de 25 anos da franquia trouxeram este crossover para os donos de PC. A jogabilidade é no estilo Mega Man clássico: vença oito chefes de fases com fraquezas entre si - neste caso os lutadores de Street Fighter - para avançar para o verdadeiro desafio final. Mega Man ganha os golpes especiais característicos dos personagens para uso no combate.

Dan Hibiki sempre aparece para ensinar os golpes recém-adquiridos após as fases.
O jogo ainda recebeu uma versão aprimorada que incluiu Sagat como um dos chefes finais.


08 - STREET FIGHTER X ALL CAPCOM


Lançamento: Mobiles - novembro de 2013 (exclusivo do Japão)
Gênero: RPG Card Battle

Ficou restrito ao público nipônico... que pena.
Os celulares japoneses foram os únicos privilegiados a conhecer esse jogo de RPG baseado em cards. São mais de 500 personagens das seguintes franquias: SonSon, 1942, Ghosts 'n Goblins, Mega Man, Strider, Final Fight, Street Fighter, Breath of Fire, Darkstalkers, Cyberbots, Resident Evil, Rival Schools, Onimusha, Devil May Cry, Ace Attorney, Viewtiful Joe, Gotcha Force, Monster Hunter, Sengoku Basara, Okami, Lost Planet, Ghost Trick e Asura's Wrath... Ufa!

Uma série de artes no estilo "chibi" foram produzidas para este crossover.
Confira um pouco do gameplay:



Entendeu algo?


09 - PUZZLE FIGHTER


Lançamento: Android e iOS - Novembro de 2017
(Versão de testes disponível no Canadá, México, Austrália, Hong Kong, Malásia e Cingapura)
Gênero: Puzzle

Aproveitando a onda de MvC Infinite, mais um crossover chega aos fãs.
Personagens: Ryu, Chun-Li, Ken, Dan, Bison, Blanka, Nash, E. Honda, Morrigan, Dante, Frank West, Jill Valentine, Mike Haggar, Megaman X e Chuck Greene.

Aproveitando-se do marketing investido em Marvel vs. Capcom Infinite, temos um jogo gratuito para cativar a atenção de mais jogadores para as franquias da empresa. Dante de Devil May Cry, Frank West e Chuck Greene de Dead Rising, Morrigan de Darkstalkers, Jill de Resident Evil, Haggar de Final Fight, Mega Man X da série de mesmo nome são os convidados desses combates com puzzle.

Veja um pouco do gameplay antes de seu lançamento:

Falando em Marvel...

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SÉRIE VERSUS MARVEL

Esta série praticamente começa com X-Men: Children of the Atom (1994), no qual vimos os mutantes como protagonistas e a presença inusitada de Akuma, recém apresentado como chefe secreto em Super Street Fighter II Turbo. Mas como ele apenas é um "convidado" nesse game da Capcom, podemos dizer que o confronto entre universos só começa em 1996.


Magneto, Juggernault e Akuma são os secretos aqui.

01 - X-MEN VS. STREET FIGHTER


Lançamento: Arcade - Setembro de 1996 (Japão)
Outras plataformas: Saturn, PlayStation (com o subtítulo "EX Edition"), PC (Windows)
Gênero: Luta 2D

Uma das melhores direções de arte vistas em jogos de luta 2D.
Personagens: Ryu, Ken, Cammy, Charlie, Chun-Li, Zangief, Dhalsim, Bison, Akuma (oculto); Cyclops, Wolverine, Rogue, Gambit, Storm, Sabretooth, Juggernault e Magneto.
ChefeApocalypse

Aos mais velhos: "Consegue se lembrar da trilha sonora apenas ao ver esta tela?"
A Capcom até então já havia produzido dois jogos de luta figurando personagens do universo de quadrinhos da Marvel: "X-Men: COTA" de 1994 e "Marvel Super Heroes" de 1995. Ambos partilham de semelhanças com X-Men vs. Street Fighter, pois este - e os próximos da série - reutiliza(m) gráficos e parte da jogabilidade de seus predecessores. O universo de SF Alpha é transportado para o mundo do grupo de heróis e vilões mais famosos dos anos 90 a fim de criar um embate entre essas duas séries absolutas em sucesso.

Luta de colossos! Ah, não havia "Colossus" neste, que pena.
O sistema de lutas acontece em duplas no modo tag (trocas instantâneas de lutadores) e vimos aqui o nascimento de recursos e padrões visuais agora consolidados, como Super Pulos, Advancing Guard, Chain Combos, Air Combos, acertos com o oponente no chão após uma queda e golpes especiais que beiram o universo dos super-heróis: o especial de Ryu tornou-se uma rajada de poder que cobre toda a tela - que pode incluir até os seus parceiros de time!

O Double Shinkuu Hadouken era sensação do jogo.
As versões caseiras foram problemáticas em sua conversão, já que o hardware empregado neste jogo era muito poderoso pra época: o Sega Saturn encontrou por meio de um cartucho de expansão da memória (com 4MB) o melhor meio de reproduzir os combates dos fliperamas e tornou-se um ótimo console para jogos de luta 2D a partir disso.

Outra tradição implementada na série: chefes gigantes!
Já o Sony PlayStation não contava com tal expansão e adaptou o game ao seu jeito: combates vieram sem o modo tag e foram transformados em melhor de 3 rounds, além da perda de quadros de animação e redução da qualidade visual. As versões japonesas adotaram o subtítulo EX Edition para este e os dois próximos games convertidos no PS1.

"EX Edition" foi um subtítulo usado na época pra traduzir que o game não vinha em sua forma completa.

02 - MARVEL SUPER HEROES VS. STREET FIGHTER


Lançamento: Arcade - Julho de 1997 (Japão)
Outras plataformas: Saturn, PlayStation (com o subtítulo "EX Edition")
Gênero: Luta 2D

Todas as artworks dos lutadores são "vistas de cima" em MvsSF. Um belo ponto de vista.
Personagens: Ryu, Ken, Dan, Chun-Li, Zangief, Dhalsim, Bison, Akuma, Sakura; Cyclops, Wolverine, Spider-Man, Captain America, Hulk, Omega Red, Blackheart e Shuma-Gorath.
Exclusivo da versão japonesa: Norimaro
SecretosShadow, Dark SakuraMech-Zangief; U. S. Agent, Mephisto, Armored Spider-Man.
Chefe:  Apocalypse
Chefe Final: Cyber-Akuma (Mech Gouki)

Os Vingadores surgem em peso nesse game de 1997!
O segundo episódio da série trocou metade de seu elenco para renovar o jogo do ano passado, ainda que todos os personagens já tivessem aparecido antes, seja nos dois jogos anteriores à série Versus, seja em SF Alpha. Apocalypse ainda é o boss do game, mas agora conta com uma versão cibernética de Akuma após sua luta.

Hulk, Spider-Man, Cap. America, Blackheart e Shuma-Gorath vêm direto do jogo de 1995.
Temos ainda seis lutadores secretos que podem ser considerados mais poderosos do que suas versões base. O mais interessante é a presença de Charlie Nash como Shadow, a versão póstuma e malvada do lutador de SF e outros modificados. O sistema de jogabilidade mantém-se praticamente intacto, mas conta com um novo rebalanceamento; os lutadores que permaneceram possuem novos golpes e combos.

O vilão de X-Men foi o responsável pelas modificações corporais de Akuma.
Tal como no jogo anterior, temos as versões consoles seguindo o mesmo protocolo: o Saturn exige o uso do cartucho de 4MB RAM e o PlayStation faz uma adaptação do jogo, que ao invés de se apresentar em batalhas Tag, passa a ser uma luta tradicional "melhor de 3 rounds". Ah, último detalhe: Norimaro, o exclusivo lutador da versão japonesa, é um trabalho em conjunto da Capcom com o comediante Noritake Kinashi. Por conta de direitos autorais, o personagem ficou de fora das versões ocidentais.

Os japoneses garantem que o EX é de "extra", mas pra mim está faltando coisa...

03 - MARVEL VS. CAPCOM: Clash of Super Heroes


Lançamento: Arcade - Janeiro de 1998 (Japão)
Outras plataformas: Dreamcast, PlayStation (com o subtítulo "EX Edition")
Gênero: Luta 2D

Um dos melhores pontos de MvC1: a arte do jogo é espetacular.
Personagens: Ryu, Chun-Li, Zangief, Morrigan, Cap. Commando, Mega Man (Rock Man), Strider Hiryu; Spider-Man, Jin Saotome, Cap. America, Venom, Hulk, Gambit, War Machine e Wolverine.
Secretos: Roll, Shadow Lady, Red Venom, Gold War Machine, Orange Hulk e Lilith.
ChefeOnslaught (em duas formas)

Ainda que pequena, esta é uma das mais bonitas telas de Player Select.
Já que X-Men tornou-se Marvel, Street Fighter teria que se tornar Capcom! O universo dos crossovers se expandia ao máximo e tivemos esse primeiro grande jogo da série com o título que até hoje se mantém em destaque nos jogos de luta.

Colossus em parceria com Wolverine faz seu ataque de assistente (foto de MvC Origins). 
O gameplay ganhou um recurso que se tornaria marca registrada da série: os ataques dos Assists. Mais de 20 personagens de ambos universos aparecerem exclusivamente nas lutas para esta função: apenas desferem um golpe e vão embora, mas aqui eles ainda possuíam quantidade limitada de uso. Além disso, o Duo Team Attack permite que os seus dois personagens ataquem ao mesmo tempo durante um período especial.

Pobre Ryu: Logan junta-se ao russo para socar o japonês durante o Duo Team Attack.
O elenco deixou de ser guiado por SF pelo lado da Capcom e franquias dos anos 80 são representadas aqui com Cap. Commando, Strider e Mega Man. Curiosamente Ryu possui três movesets: o seu próprio, o de Ken e o de Akuma. Zangief consegue se transformar em Mech-Zangief num de seus especiais. Jin da série Cyberbots ainda faz sua estreia aqui junto a Venom e War Machine.

BLODIA!!! Jin traz seu robô estilo megazord durante um de seus Hyper Combo.
Quanto aos secretos, vimos Chun-Li numa versão robótica maligna, Morrigan de Darkstalkers com golpes de sua irmã Lilith e outros quatro lutadores alternativos com Armor sempre ativo. O chefe do jogo é a poderosa fusão entre o líder dos mutantes Professor Xavier e seu arquirrival Magneto: Massacre (no original Onslaught).

A fusão de Xavier parece ter sido feita com um Sentinela e não com Magneto!
Detalhes das versões caseiras: o PS1 encerra sua participação na série com mais um EX Edition e barras de vida que somem durante air combos, mas contém um easter egg exclusivo e bem interessante para Mega Man; o Saturn é abandonado e o Dreamcast surge como a primeira plataforma perfeita para jogos de luta 2D.

Um dos primeiros fighting games a dar credibilidade para o console de 128-bits da SEGA.

04 - MARVEL VS. CAPCOM 2: New Age of Heroes


Lançamento: Arcade - Março de 2000 (Japão)
Outras plataformas: Dreamcast, Xbox, PlayStation 2, Xbox 360, PlayStation 3 e iOS.
Gênero: Luta 2D

O Arcade e o Dreamcast tinham esses 24 lutadores iniciais em suas versões
Personagens iniciais: Ryu, Guile, Zangief, Sakura, Ruby Heart, Amingo, Son Son, Hayato, Tron Bonne, Strider Hiryu, Jill Valentine, Anakaris; Cyclops, Wolverine, Marrow, Psylocke, Cable, Iceman, Cap. America, Spider-Man, Doctor Doom, Venom, Rogue e Hulk.
Secretos iniciais: Akuma, Chun-Li, Mega Man, Cap. Commando, Morrigan, B.B. Hood (Bulleta), Roll, Jin Saotome; Wolverine EX, Shuma-Gorath, Omega Red, Storm, Silver Samurai, Gambit, Juggernault e Magneto.
Secretos finais: Ken, Charlie Nash, Dhalsim, M. Bison, Dan, Cammy, Felicia, Servbot; Sabretooth, Blackheart, Spiral, Colossus, Thanos, War Machine, Iron Man e Sentinel.
Chefe:  Abyss (em três formas)

Até hoje, esta versão é a mais fiel em relação aos arcades, pois ambos compartilham da placa Naomi.
Este é um dos mais aclamados jogos do gênero por conta de três grandes recursos. O primeiro é o imenso elenco com 24 iniciais e 36 secretos. Nas versões mais recentes, todos os 56 lutadores já vem liberados para disputas no mesmo sistema de tag, mas agora em times de 3 contra 3.

Uma policial oferecendo erva? Que coisa, hein Capcom!
O segundo fator do sucesso é a facilidade de se jogar, já que os botões de ataques foram reduzidos de seis para quatro (saem os médios) e o uso dos assists foram aprimorados, podendo ser livremente chamados durante as lutas com apenas um botão (cada lutador reserva seu faz essa função).

Uma das mais prestigiadas máquinas de fliperama da história.

Por fim, o terceiro fator de popularidade foi a alta aceitação do jogo em grandes campeonatos, especialmente nos Estados Unidos. Ruby Heart, Son Son e Amingo são completamente inéditos, inclusive o vilão Abyss que é uma esfera de energia negativa ameaçadora para ambos os universos. Hayato de Star Gladiator, Jill de Resident Evil, Tron e Servbot da série Mega Man Legends, Anakaris, Felicia e B.B.Hood de Darkstalkers e outros fazem sua estreia. Há dois Wolverine: o normal com garras de adamantium e o EX, este último com garras de osso e um moveset reduzido, mas com atributos muito melhores do que o original.

As três formas de Abyss, chefe final de MvC2: shogun, homem-gosma e cérbero.
MvC2 recebeu uma versão em HD para PS3 e X360 em 2009 com suporte as funções modernas destes consoles. Por fim, os celulares e tablets da Apple receberam uma versão completa do game em 2012.

Player select das versões HD; O PS2 e o Xbox também contam com todos os lutadores desbloqueados.

Enfim MvC2 pode ser levado nos bolsos para qualquer lugar na versão de iOS.

05 - MARVEL VS. CAPCOM 3: Fate of Two Worlds


Lançamento: PlayStation 3 e Xbox 360 - Fevereiro de 2011
Gênero: Luta 2D

Capas das versões de MVC3 para PS3 e X360. "No difference!"
Personagens iniciais: Ryu, Chun-Li, Crimson Viper, Mike Haggar, Morrigan, Felicia, Chris Redfield, Albert Wesker, Arthur, Viewtiful Joe, Amaterasu, Dante, Trish, Zero, Tron Bonne, Nathan Spencer; Cap. America, Thor, Spider-Man, Iron Man, Hulk, She-Hulk, Doctor Doom, Super Skrull, Wolverine, Storm, Magneto, Phoenix, X-23, Deadpool, M.O.D.O.K e Dormammu.
Personagens secretos: Akuma, Hsien-Ko, Jill Valentine (DLC); Taskmaster, Sentinel e Shuma-Gorath (DLC).
Chefe: Galactus

Esta Player Select assemelha-se ao game anterior em design, mas não em quantidade.
Depois de um hiato de 11 anos sem um jogo novo dessa franquia, a parceria contratual com a Marvel foi retomada e o terceiro episódio do crossover nasceu. Temos gráficos completamente novos e estilizados de acordo com os quadrinhos, um layout de botões refeito (ataques fraco, médio, forte, launcher e dois assists) e o elenco mais renovado de toda a franquia com uma série de inéditos em ambos os lados.

Deadpool foi uma estrela da série com seus hábitos de paródia e linguajar exagerado.
O sistema de trios em combates tag foi mantido, mas agora temos uma novidade muito influenciadora no gameplay: o X-Factor. O recurso garante uma série de benefícios ao(s) seu(s) lutador(es) como recuperação de vida, aumento da velocidade e dano aprimorado por um certo tempo. Além disso, é possível trocar de lutador em meio aos air combos. Por fim, muitos combos que abusam da possibilidade de acertar o oponente no chão e com a ajuda dos assists, mantém o oponente levando mais golpes do que nunca.

X-Factor: providenciando hype nas partidas com seu fator comeback desde 2011.
O vilão interplanetar Galactus é a ameaça deste enredo, trazido diretamente do universo Marvel. Personagens das séries Final Fight, Bionic Commando, Devil May Cry, Resident Evil, Okami, Viewtiful Joe e Quarteto Fantástico dão as caras aqui. Outra novidade: surgem conteúdos DLC na série.

O gigante Galactus mantém a tradição da série: hitboxes e hurtboxes de meia tela!!!


06 - ULTIMATE MARVEL VS. CAPCOM 3



Lançamento: PlayStation 3, PS Vita e Xbox 360 - Novembro de 2011
Outras plataformas: PlayStation 4, Xbox One e PC (Steam)
Gênero: Luta 2D

Destaque para o Gavião Arqueiro e Motoqueiro Fantasma nessa capa, dois estreantes na série.
Personagens: Ryu, Chun-Li, Crimson Viper, Akuma, Mike Haggar, Strider Hiryu, Phoenix Wright, Arthur, Firebrand, Dante, Trish, Vergil, Chris Redfield, Albert Wesker, Nemesis T-Type, Jill Valentine (DLC), Frank West, Amaterasu, Viewtiful Joe, Zero, Tron Bonne, Morrigan, Felicia, Hsien-Ko e Nathan Spencer; Cap, America, Thor, Iron Man, Hawkeye, Iron Fist, Spider-Man, Hulk, She-Hulk, Doctor Strange, Dormammu, Wolverine, Storm, Magneto, Phoenix, Sentinel, X-23, Ghost Rider, Doctor Doom, Super Skrull, M.O.D.O.K, Nova, Rocket Raccoon, Taskmaster e Deadpool.
Chefe: Galactus

A tela de seleção de personagens ficou semelhante a uma página de quadrinhos.
Em menos de um ano, uma atualização surgiu para MvC3, porém considere que este é um jogo completamente novo pois foi vendido desta forma. Acrescentou 12 lutadores, quase uma dezena de cenários e um novo modo, o Heroes & Heralds. Você deve enfrentar lutadores em suas versões "prateadas", dominadas pelo vilão Galactus, e recebe cards colecionáveis com personagens da Capcom e da Marvel que influenciam nos combates deste modo com os seus efeitos específicos.

Os arautos de Galactus são seu desafio em UMvC3 no novo Heroes & Heralds.
A principal mudança no gameplay ficou por conta do X-Factor que agora pode ser ativado no alto! Depois que a Disney adquiriu os direitos de uso da franquia Marvel, as coisas mudaram um pouco. A licença de uso para a Capcom teve seu prazo encerrado em 2014 e os jogos desse crossover pararam de ser vendidos nas lojas digitais. Mas com o anúncio de MvC Infinite, uma nova reunião das franquias, em dezembro de 2016, o jogo reapareceu no PS4 e no começo desse ano para Xbox One e Steam em versões completas.

Erros desfeitos: Strider está de volta - e nunca deveria ter sido deixado de lado, viu, Capcom!
Por fim, os DLCs apareceram forte aqui: Jill e Shuma-Gorath continuaram a ser adquiridos desta forma, bem como um traje alternativo para cada lutador foi criado. O traje criado para Magneto foi removido posteriormente por sua semelhança com o rei da Espanha; a fim de evitar processos por parte dos europeus, não vemos mais o mutante em seu traje de rei ditador...

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07 - MARVEL VS. CAPCOM: INFINITE


Lançamento: PlayStation 4, Xbox One e PC (Steam) - Setembro de 2017
Gênero: Luta 2D

O estilo gráfico tentou se aproximar do universo cinematográfico da Marvel e sua linha de brinquedos.
Personagens: Ryu, Chun-Li, Mike Haggar, Morrigan, Jedah, Nathan Spencer, Arthur, Firebrand, Chris Redfield, Nemesis T-Type, Mega Man X, Zero, Strider Hiryu, Frank West, Dante; Iron Man, Hulk, Cap. America, Cap. Marvel, Thor, Hawkeye, Spider-Man, Nova, Gamora, Rocket Raccoon, Doctor Strange, Dormammu, Thanos e Ultron.
DLCs: Sigma, Monster Hunter; Black Panther, Black Widow, Winter Soldier e Venom.
Chefe: Ultron Sigma
Chefe Final: Ultron Omega

Tenha certeza que esta tela estará bem maior num período de dois anos, aguarde.
Anunciado no fim do ano passado, MvC Infinite funciona como um reboot da série, tanto em enredo quanto em gameplay. Um robusto modo estória foi implementado e apresenta os vilões Ultron (do universo dos Vingadores da Marvel) e Sigma (da série Mega Man X da Capcom) fundindo as duas diferentes dimensões, inclusive a eles mesmos. Heróis e vilões partem em busca da vitória contra a maior ameaça surgida contra a vida orgânica já vista na história fazendo uso das poderosas joias do infinito (Infinity Stones no original).

A interação entre personagens finalmente é real com o modo história!
A jogabilidade se refez mais uma vez. Os combates ainda são no formato tag, mas foram reduzidos a duplas de cada lado. Os ataques de assists foram substituídos pelo sistema Active Switch que consiste na troca de lutadores durante um ataque ou defesa. Um combo automático foi implementado para iniciantes e dois elementos trazidos de Marvel Super Heroes (1995) são o destaque: é possível usar seis diferentes joias do infinito nas lutas, cada uma com sua habilidade comum e seu especial chamado Infinite Storm. Com todas as mudanças de recursos, os botões novamente foram alterados: dois socos, dois chutes, botão de troca e botão de uso da pedra dispõem-se como o novo layout dos controles.

As joias do infinito são a maior atração de MvCI.
Uma versão de demonstração da estória foi disponibilizada com diversos elementos gráficos inacabados antes do lançamento do jogo; nesse momento houveram reações negativas em diversos fãs. Porém, o game tem sido aprimorado aos poucos por meio da mesma mecânica usada nesses dois anos de Street Fighter V: DLCs. Seis novos lutadores foram incluídos ainda no ano de lançamento.

A garota Monster Hunter possui um dos visuais mais bonitos deste game.
Ainda que muitos lutadores de UMvC3 tenham sido mantidos, eles vem com novos padrões de ataques e são mais funcionais do que na sua versão anterior, por não serem tão dependentes dos assists. O chefão do jogo, como dito antes, é Ultron Sigma, mas ele ainda vai além nos seus poderes e torna-se o Ultron Omega.

Acho que MvCI descumpria a tradição? Chefe gigante neles, Capcom!!!
Vale lembrar que uma coletânea chamada "Marvel vs. Capcom: Origins", lançada em 2012 para PS3 e X360, apresentando o primeiro MvC e Marvel Super Heroes de 1995 num único pacote digital. Ambos os jogos eram conversões perfeitas dos fliperamas com a adição de se poder jogar partidas online. 


Dois jogaços em um: Marvel Super Heroes + MvC1 no seu X360/PS3.
Havia ainda desafios que desbloqueavam conteúdo para a galeria temática do jogo. Com o fim do contrato de licença com a Marvel em 2014, a Capcom teve que retirar o game das lojas digitas da Sony e da Microsoft.


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Sim, originalmente este especial se concluiria em 5 partes, mas se esta postagem incluísse todos os crossovers, seria mais cansativa ainda de ler, então decidi separá-la em duas. Levou cinco dias para escrever esta que você lê e as duas próximas contará sobre os crossovers com SNK, Namco, Sega, Tatsunoko, Nintendo e até outras obscuras. As duas últimas partes trarão os spin-offs da série, como o aclamado Street Fighter EX e jogos mobile.

Conhece esse? É do Nintendo Wii...
Fui!

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